segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Em que pese a falta de poesia.

Já não se morre mais de amor...
Já não se fazem serenatas sob as janelas das donzelas.
O romantismo jaz indigente
Nas penas aposentadas de gente
Que outrora já brilhou

Os namorados já não trocam juras de amor
Vigiados pela solidão do luar
Tecendo seus versos de dor
Ao amor que amanhece sem que lhe possa tocar

Já não há os cineminhas no automotor
Nem as matinês, com babados a bailar
A timidez serelepes da moça bonita
Que sonha com o lar

A pressa assassinou a poesia da vida
A tecnologia nos conectou a distâncias sem fim
E com isso abriu em mim a ferida
Que sorvi todo este tempo enfim.

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